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quarta-feira, julho 19, 2006

Hipocrisia

Mais uma das hipocrisias da política! Mas enfim, nada a que os jornalistas já não estejam habituados!!
Mais uma vez o digníssimo presidente da ALM vedou o acesso de profissionais da comunicação social a entrarem no parlamento regional por «não estarem com a indumentária adequada»!!

Recorde-se que o primeiro caso aconteceu há uns meses com um reporter de imagem! è muito prático carregar uma câmara de tv, o tripé e restante material necessário de fato, nao é!!!
Esta semana foram outros seis jornalistas!

Esquecem-se os senhores de fato (grande parte deles parecem uns autênticos tansos dentro daquela indumentária), que ao contrário deles que ficam ali três horas sem fazer nenhum, perdão, a representar os seus papéis de palhaços, sim porque quem vai aquele parlamento e fica a assistir da bancada dos jornalistas, é ter a mesma sensação que fomos ao circo!!! mas como ia a dizer que ao contrário deles não têm apenas aqueles serviços para fazer!!! Tão depressa estão na assembleia como estão no pico do arieiro!

Recordo um episódio com um antigo colega de profissão, um reporter fotográfico que numa cerimónia solene foi de fato vestido. A cerimónia durava o dia inteiro, mas a meio do dia, à hora de almoço ele teve outro serviço no ribeiro frio. Então lá foi ele, todo sopimpa p'o ribeiro frio (para aqueles que não sabem, o ribeiro frio fica a meio da floresta laurissilva da madeira)!!

Enfim..

Ah, só pa terminar, ouvi hoje de manhã o senhor presidente da ALM a dizer que caso fosse um deputado a ir de calças de ganga, não o poderia impedir de entrar...

the end




in DN a 19-07-2006

Sapatilhas não entram na Assembleia

Miguel Mendonça fala de respeito para com a instituição e garante que enquanto for presidente as regras são para manter


Nos últimos dois dias seis jornalistas foram impedidos de entrar na Assembleia Legislativa, por não estarem devidamente vestidos. Mais concretamente, tinham um calçado que genericamente se podia chamar de sapatilhas. Existem ordem de Miguel Mendonça para que, nessas circunstâncias, não seja permitida a entrada. O presidente da Assembleia explicou ontem ser uma questão de respeito pela instituição parlamentar. Miguel Mendonça disse que enquanto desempenhar tal cargo, os jornalistas terão de estar «minimamente apresentáveis». E «não me parece que sapatilhas seja, de facto, o calçado adequado para andar a fazer serviço na Assembleia.

Quanto à eventualidade de um deputado se apresentar como os jornalistas que são impedidos, a resposta de Mendonça foi clara: «Lamento, não posso pôr na rua».

Quem não gostou foi o BE, que por solidariedade foi ontem dar uma conferência de imprensa, na rua.

Também o Sindicato dos jornalista se manifestou contra o «excesso de zelo» do presidente, e lamentou as atitudes de «humilhação de jornalistas». O sindicato garantiu que algo parecido nem na Assembleia da República se passa.

Élvio Passos


in JM a 18-07-2006

Nos últimos dois dias cinco foram “barrados”

Jornalistas proibidos

Os jornalistas voltam a ser notícia pela forma como se vestem. Tal como já tinha acontecido há alguns meses com um operador de câmara da RTP-M, cinco jornalistas, desta vez de rádio e da imprensa, ficaram à porta por estarem a usar t-shirt e/ou sapatilhas. PS e BE já condenaram o impedimento, enquanto o presidente da Assembleia mantém que esse vestuário não é o adequado para quem vai em serviço à Assembleia.

Nos últimos dois dias, cinco jornalistas foram proibidos de entrar na Assembleia Legislativa da Madeira por estarem de sapatilhas e/ou t-shirt.
Três viram barrada a entrada anteontem, os outros foram impedidos ontem de manhã.
Por causa desta situação, o Bloco de Esquerda, que tinha uma conferência de imprensa marcada para a sala de imprensa do parlamento, transferiu a iniciativa para o exterior do edifício, em sinal de protesto e de solidariedade com os jornalistas.

Em tom irónico, Paulo Martins começou a conferência dizendo: «o Bloco de Esquerda inaugura um novo ciclo de conferências de imprensa à porta do parlamento, tendo em conta a exclusão a que a Mesa da Assembleia Legislativa está a querer fazer dos senhores jornalistas que não tenham aquele vestuário que a Mesa considera ser o de etiqueta aconselhado para entrar no Parlamento». «É inadmissível» a posição da Assembleia, qualificou o bloquista, considerando que o procedimento «não dignifica em nada o parlamento».
Também Jacinto Serrão se pronunciou sobre o assunto à saída de um encontro com o Sindicato dos Jornalistas. O líder do PS-M acusou Miguel Mendonça de «humilhar os jornalistas».

Para o socialista, o comportamento do presidente da Assembleia visa «descarregar a incapacidade que [ele] tem em colocar a Assembleia na ordem. Não faz nenhum sentido esses mecanismos de pressão e de humilhação», porque isso «condiciona a informação e o trabalho dos jornalistas, que deve ser o mais livre de pressões», disse Serrão.
Entretanto, o presidente da Assembleia comentou o assunto para dizer que a Assembleia é «uma instituição respeitável», sendo «absolutamente fora de contexto e de má conduta» o uso de sapatilhas e/ou t-shirt. Miguel Mendonça garante que estes critérios são para manter enquanto for o presidente. Quando estiver outro presidente, este pode «até admitir que andem aqui de fio dental» e com «outras abreviaturas» e «sumarizações indumentárias», mas enquanto for o presidente, quem vier em serviço, «não tem de se apresentar de smoking, mas tem de se apresentar minimamente apresentável», referiu.

Aos deputados que vão para o parlamento de sapatilhas, que os há, ou de chinelos, que também as há, o presidente diz lamentar o uso desse calçado, mas não pode «pôr na rua». Acrescentou ainda que no parlamento nacional não vê jornalistas de sapatilhas ou t-shirts.


Alberto Pita

1 comentário:

Anónimo disse...

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