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quinta-feira, novembro 08, 2007

Lei não derruba barreiras

in DN-Madeira, a 08-11-2007

Lei não derruba barreiras

Para um portador de deficiência, até dois centímetros a mais num passeio fazem diferença
Ordem dos Arquitectos alega que o problema reside apenas nos edifícios antigos.




Os olhos vermelhos foram um sintoma constante na infância, mas, com o passar dos anos, a situação agravou-se. Maria da Piedade Gabriel, de 52 anos, perdeu a visão ainda muito nova. "Calhou acontecer assim", desabafa. Os passeios demasiado altos, os sinais de trânsito mal colocados, ou a simples ausência de avisos sonoros nos semáforos fizeram com que nunca mais saísse sozinha de casa.

"A promoção da acessibilidade constitui um elemento fundamental na qualidade de vida das pessoas, sendo um meio imprescindível para o exercício dos direitos que são conferidos a qualquer membro de uma sociedade democrática". O decreto-lei 163/2006 existe e começa desta forma, mas os obstáculos continuam a resistir e a dificultar a acessibilidade dos cidadãos portadores de deficiência motora ou com dificuldades sensoriais, como é o caso dos invisuais e dos surdos.

Há uns anos atrás, Maria da Piedade chegou a ter algumas aulas de braille e de preparação para aprender a lidar com o mundo exterior, mas o medo apoderou-se e desistiu. "Eu tinha muito medo porque encontramos muitos obstáculos", explica. Maria da Piedade não se recorda de quando usou, pela última vez, uns banais sapatos abertos. Os passeios altos e inadaptados a quem possui uma deficiência privaram-lhe desse gosto, do qual guarda saudades.

As reacções são normais, como se visse. Olha na direcção da pessoa e faz quase todas as tarefas domésticas, à excepção de, por exemplo, preparar fritos. Aí conta com a ajuda de um familiar. "Eles [família] chegam a casa e está tudo feito", reconhece.

De facto, como Maria da Piedade, há muitos outros exemplos de coragem e de determinação. Um dos fundadores da Associação dos Deficientes da Região Autónoma da Madeira (ADRAM), Marcos Mota, corresponde plenamente ao perfil. Aos 17 anos, um acidente de moto atirou-o para uma cadeira de rodas. Contudo, a determinação e a vontade de viver persistem acima de todas as dificuldades.

Para Marcos Mota, a Região ainda apresenta muitas barreiras arquitectónicas, principalmente pelo facto de possuir muitos edifícios antigos. Todavia, considera que a Madeira não é das regiões mais problemáticas do país. Falando por experiência própria, Lisboa e Porto são "cidades impossíveis" para os cidadãos portadores de deficiência. "Nos centros históricos destas cidades é muito difícil encontrar um rebaixamento de um passeio", aponta, acrescentando que, na Região, "já se regista essa preocupação", embora ainda sem a dimensão pretendida.

"Gostaríamos que fosse uma preocupação mais generalizada", critica, apontando que estes são "problemas de todos nós", ou seja, entraves para portadores de deficiência, mas também para idosos, grávidas e pessoas com dificuldades de mobilidade temporária.

Dois centímetros a mais num passeio faz uma diferença incalculável. Para um cidadão que possua uma cadeira de rodas normal, sem extras que facilitem o contorno destes obstáculos, são precisas forças redobradas para circular pelas ruas do Funchal.

Estacionamento nos passeios

O DIÁRIO acompanhou Marcos Mota num pequeno percurso pela cidade e os problemas não demoraram a surgir. O acesso a instituições bancárias, ao tribunal, cafés e a locais de lazer, a falta de casas de banho com as condições necessárias é, muitas vezes, vedado. Até os estacionamentos para pessoas portadoras de deficiências motoras são ocupados indevidamente. O responsável pela ADRAM lamenta a falta de sensibilidade das autoridades, dado que já tentou denunciar, várias vezes, o estacionamento abusivo, mas não foram poucas as ocasiões em que obteve respostas duras e despreocupadas.

"Há um problema de falta de civismo e económico também, que interfere com os promotores imobiliários, que, a dada altura, preferem fazer um lanço de escadas em vez de uma rampa por causa da inclinação que rouba espaço", clarifica, garantindo que "é difícil explicar aos arquitectos que, por um lado, estão a violar os códigos deontológicos e, por outro, a prestar um mau serviço enquanto profissionais".

A desculpa dos edifícios antigos

O presidente da delegação da Madeira da Ordem dos Arquitectos, Elias Homem de Gouveia, garante que tanto os arquitectos com as autarquias têm em conta o que o decreto-lei 163/2006 contempla e que este está a ser cumprido.

"Todos os arquitectos, pela natureza da lei, estão obrigados a cumpri-la", frisou, explicando que o que existe são edifícios antigos que, pelas dificuldades que colocam aos deficientes, têm de ser adaptados, apesar das dificuldades que se impõem.

"Nas novas construções, isso não existe", afiançou. Elias Gouveia reforçou que, quando há aberturas de novas superfícies em edifícios que já existiam, essas adaptações que nem sempre respeitam o regime de acessibilidades, muitas vezes nem são requisitadas a arquitectos, mas a outros técnicos.

"A lei é clara e é para cumprir", remata, acrescentando que, em Novembro próximo, a delegação regional da Ordem dos Arquitectos vai promover uma formação de dois dias sobre o novo regime de acessibilidades. "Da nossa parte, queremos cumpri-la e estamos perfeitamente do lado das pessoas que possuem alguma deficiência", alerta.

Sede prometida à ADRAM

Marcos Mota garante que a ADRAM só não tem tido um trabalho mais árduo pelo facto de ainda não possuir uma sede física. Contudo, espera que, até final do mês, tal como foi "prometido" pelo secretário regional dos Assuntos Sociais, Francisco Jardim Ramos, o problema esteja resolvido, nem que seja a título provisório.

"Estamos confiantes na palavra do secretário regional que mostrou forte empenho em resolver este problema e nele depositamos toda a nossa confiança e esperança", afirma.

Neste panorama, há, no entanto, situações em que a persistência da ADRAM deu resultados. Por exemplo, a Repartição de Finanças do Funchal melhorou os acessos. Os centros comerciais, algumas praias da Frente Mar Funchal, são também bons exemplos.

Contudo, os teatros, passeios, autocarros e até o próprio aeroporto estão mal preparados para receber cidadãos com limitações físicas. Uma vez que a ADRAM representa todos os portadores de alguma deficiência, Marcos Mota afirma que os menus dos restaurantes sem braille são um exemplo flagrante até de "discriminação" para os invisuais.

Há "desconhecimento da lei"

A Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação (DREER) tem sido chamada a emitir pareceres no sentido de ajudar a eliminar barreiras arquitectónicas para os cidadãos com necessidades especiais.

A directora regional de Educação Especial e Reabilitação, Maria José Camacho, acredita que a resistência pode ser sinónimo de desconhecimento da lei. "A partir do momento em que as pessoas estão informadas e sensibilizadas, aderem às orientações", garantiu.

A DREER possui um gabinete jurídico e de atendimento e apoio ao deficiente, daí que possa emitir pareceres face a adaptações de espaços ou em novas construções, segundo as orientações normativas em vigor.

A fim de proporcionar uma melhor integração das crianças, jovens e adultos portadores de deficiência na sociedade, esta instituição tem promovido diversas actividades, como acções de formação e de sensibilização nas escolas, comunidade e família, baseadas na inovação e na actualização de conhecimentos e práticas para um melhor atendimento, bem como o aumento do número de crianças colocadas no ensino regular e a diminuição do número dos que se encontram na modalidade de instituição de educação especial. O debate de ideias, colóquios e eventos desportivos e artísticos também têm sido constantes, para além de publicações dirigidas à comunidade. Assim se vai tentando eliminar as barreiras arquitectónicas.

Zélia Castro

sexta-feira, novembro 02, 2007

IMPERDÍVEL!

Para quando tiverem um tempinho, deliciem-se com este jogo!!!
está simplesmente fabuloso e aviso q é MESMO viciante!

http://www.epuzzle.co.uk/

Divirtam-se

quinta-feira, novembro 01, 2007

David Fonseca

David Fonseca - Angel Song (live at CC Estúdio 2)




David Fonseca - Hold Still




David Fonseca - Someone that cannot love




David Fonseca Superstars

Judy Garland - Somewhere Over The Rainbow



Over The Rainbow


Somewhere Over the Rainbow
Way up high
There's a land that I heard once
In a lullaby
Somewhere over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true

Someday I'll wish upon a star
To wake up where the clouds are far behind me
Where troubles melt like a lemon drops
Where you cross the chimney tops
That's where you'll find me


Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly
Birds fly over the rainbow
Why, then, oh, why can't I?

quinta-feira, setembro 27, 2007

O cromo do mês

Justificável ou não um directo pela chegada do Mourinho ao aeroporto, a interromper o programa, Santana Lopes será o cromo do mês...

Para quem não viu:
http://www.youtube.com/watch?v=MpB1Ydko4NU

quinta-feira, setembro 20, 2007

À boa maneira de Tarantino

Trailler

À Prova de Morte
Grindhouse: Death Proof
Estados Unidos - 2007
127 min - Terror
16 anos

Rosario Dawson (Actor / Actriz)
Kurt Russell (Actor / Actriz)
Eli Roth (Actor / Actriz)
Robert Rodriguez (Argumento)
Quentin Tarantino (Argumento)
Quentin Tarantino (Realização)


http://www.grindhousemovie.net


Para a DJ mais escaldante do momento em Austin, Jungle Julia (Sydney Tamiia Poitier), o pôr-do-sol oferece uma oportunidade de se libertar, com duas das suas amigas mais chegadas, Shanna e Arlene (Jordan Ladd e Vanessa Ferlito).

Este grupo de três gatonas fazem-se à noite, saltando do Gueros para o Texas Chili Parlor. Mas nem todos os que olham para elas são inocentes: espiando secretamente os seus movimentos está Stuntman Mike (Kurt Russell), um rebelde marcado pela vida que lhes deita um olhar lascivo por detrás do volante do seu musculado carro.

Enquanto as raparigas se atiram às suas cervejas, a arma de Mike, um bacamarte branco, espreita a poucos metros

Ansiosa por ver este!?




A Mighty Heart (trailler)



Mariane Pearl (Angelina Jolie), grávida de 6 meses, enfrenta uma corrida contra o tempo para salvar o seu marido Daniel Pearl (Dan Futterman), repórter do jornal Wall Street, raptado por terroristas da Al-Qaeda no Paquistão.

Transcendendo religião, raça e nacionalidade, Mariane tem a coragem de procurar abstrair-se de um mundo governado pela amargura e rancor desde o 11 de Setembro, expressando, da forma mais pura, o amor e felicidade partilhados com o seu marido e futuro pai, Daniel Pearl.

Um Coração Poderoso
A Mighty Heart
Estados Unidos - 2007
100 min - Drama
12 anos

Dan Futterman (Actor / Actriz)
Archie Panjabi (Actor / Actriz)
Angelina Jolie (Actor / Actriz)
John Orloff (Argumento)
Michael Winterbottom (Realização)

http://www.amightyheartmovie.com/

Daniel Pearl (October 10, 1963 – February 1, 2002) was an American journalist who was kidnapped and murdered in Karachi, Pakistan. At the time of his kidnapping, Pearl had been investigating the case of Richard Reid, the shoe bomber, and alleged links between Al Qaeda and Pakistan's Inter-Services Intelligence (ISI).

In March 2007, at a closed military hearing in Guantánamo Bay, Cuba, Khalid Sheikh Mohammed said that he had personally beheaded Pearl.[1] Then he added, "for those who would like to confirm, there are pictures of me on the Internet holding his head."[2][3] In July 2002, Ahmed Omar Said Schiek, a British national of Pakistani origin was sentenced to death for the abduction and death of Daniel Pearl.

In April 2006, a documentary film The Journalist and the Jihadi was aired by HBO about the story of Daniel Pearl, narrated by Christiane Amanpour. In June 2007, a motion picture was released about the search for Daniel Pearl starring actress Angelina Jolie and actor Dan Futterman as Mariane and Daniel Pearl in Michael Winterbottom's A Mighty Heart (film). The film was based on the memoir written by Mariane Pearl.

____

On January 23, 2002, on his way to what he thought was an interview with Sheikh Mubarak Ali Gilani at the Village restaurant in Karachi, Pearl was kidnapped by a militant group calling itself The National Movement for the Restoration of Pakistani Sovereignty. This group claimed Pearl was a CIA agent and — using the e-mail address kidnapperguy@hotmail.com[2] — sent the United States a range of demands, including the freeing of all Pakistani terror detainees, and the release of a halted U.S. shipment of F-16 fighter jets to the Pakistani government.

The message read:

We give you one more day if America will not meet our demands we will kill Daniel. Then this cycle will continue and no American journalist could enter Pakistan.

Photos of Pearl handcuffed with a gun at his head and holding up a newspaper were attached. There was no response to pleas from Pearl's editor, and from his wife Mariane.

Nine days later, Pearl was murdered and beheaded. Pearl's body was found cut into ten pieces and buried in a shallow grave in the outskirts of Karachi on May 16. When the police found his remains, Abdul Sattar Edhi arrived promptly on the scene, personally collected all ten body parts, and took them to the morgue; then his body was returned to the United States and he was interred in the Mount Sinai Memorial Park Cemetery in Los Angeles, California.

(Although foul play was obvious, no autopsy was needed or performed. The subsequent video (see next section) made the sequence of events clear. Years later, Khalid Shaikh Mohammed confessed to cutting off Pearl's head, but didn't state whether he had cut his throat: it is likely that one person did both.)

(...)
in Daniel Pearl

Paranóia



Trailler

Após a morte acidental do seu pai, Kale (Shia LaBeouf) entra num estado de apatia e rebeldia, culminando com a sua prisão domiciliária quando, em plena sala de aula, agride um professor. Desesperada, Julie (Carrie-Ann Moss) mãe de Kale tenta, em vão, perceber o porquê das suas constantes variações de humor.

À medida que o tempo passa, Kale começa a ter cada vez mais dificuldade em manter a serenidade.

De forma a se distrair, procura novos interesses, fora das paredes da sua casa, no quotidiano dos seus vizinhos, um dos quais começa a suspeitar ser um serial-killer. Serão estas suspeitas apenas resultado do seu isolamento e da sua fervilhante imaginação?...

Paranóia
Disturbia
Estados Unidos - 2007
104 min - Thriller


Shia LaBeouf (Actor / Actriz)
Sarah Roemer (Actor / Actriz)
Carrie-Anne Moss (Actor / Actriz)
Christopher Beau Landon (Argumento)
D.J. Caruso (Realização)

Next - Sem Alternativa



Cris Johnson tem um segredo que o atormenta: consegue ver alguns minutos do futuro.

Farto dos exames efectuados durante a infância e do interesse do governo nas suas capacidades ele vive sob um nome falso em Las Vegas, sobrevivendo de expedientes.

Quando um grupo terrorista ameaça detonar uma bomba nuclear em Los Angeles, a agente federal Callie Ferris tenta capturar Cris para o convencer a ajudar a deter a ameaça.

Ver trailler

segunda-feira, agosto 06, 2007

Viagem pelo mundo

Aqui vai um e-mail único.
Espera todas as bandeiras abrirem e aí, quase todos os países do mundo estarão
à tua frente.
Basta clicar no país da tua preferência, depois vem o mapa desse país com
luzes que piscam. Clica numa dessas luzes e em seguida vem o lugar desejado
com várias fotos.
Clica no endereço abaixo.
É uma viagem...

http://www.alovelyworld.com/index2.html

quarta-feira, maio 30, 2007

Novo Site

Uma passagem por:

www.pontadosol.pt

;)

Hugo Marçal... JUÍZ !!!!

Recebi esta hoje no mail...

Este processo das crianças violadas vai mesmo ficar em "águas de bacalhau".

É incrível a passividade do povo português face a este escândalo da
pedofilia. Tem que se fazer justiça! Façam fwd do mail!!!!

«Hugo Marçal está em vias de ser admitido a frequentar o curso de auditor de
justiça do Centro de Estudos Judiciários. O nome do arguido no processo de
pedofilia da Casa Pia vem publicado no Diário da República de ontem, entre
centenas de candidatos a frequentar a escola que forma os juízes
portugueses. Mas ao contrário dos outros, Hugo Marçal não vai prestar provas
.. Pelo facto de ser doutor em Direito - grau académico que terá obtido em
Espanha - está por lei «isento da fase escrita e oral» e tem ainda
«preferência sobre os restantes candidatos». Resultado: o advogado de Elvas
está na prática à beira de ser seleccionado para o curso que formará a
próxima geração de magistrados!

O nome de Hugo Manuel Santos Marçal surge na página 4961 do Diário da
República, 2.ª série, com o número 802, na lista de candidatos a ingressar
no CEJ. Se concluir o curso com aproveitamento e iniciar uma carreira nos
tribunais - primeiro como auditor de justiça, depois como juiz de direito -
*Marçal terá também o privilégio de não ser julgado num tribunal de primeira
instância*.»

AH,POIS É!!!
Haja impunidade para todos os filhos da p*** deste país...

terça-feira, abril 17, 2007

Hotel Rwanda



Um filme que já andava para ver há muito, muito tempo.





Passou Domingo há noite, na RTP1. Mas a história do Rwanda já é bem antiga....
A primeira vez que tomei conhecimento do genocídio no Rwanda foi através de Season of Blood, a obra que demos em Inglês II, na Faculdade. O autor da obra, tal como o filme, transporta-nos para uma realidade cruel. Ainda tenho presente algumas das suas passagens...

Do horror que testemunhou..
Da indiferença das grandes potências..
Do fechar dos olhos. pior, olhar para o lado quando não há interesse... Se houvesse um pocito de petróleo no Rwanda teria havido genocídio de milhares de tutsies?!!!

Mas quantos mais Rwandas haverá pelo Mundo, sem que deles tenhamos sequer ouvido falar?!



Este cartaz está fantástico:

sábado, abril 14, 2007

SHOOTER

Há muito tempo que não ia ao cinema, as oportunidades não têm sido muitas.. outros afazeres! :)
A escolha estava difícil ontem, a verdade é que não havia muito por onde escolher, muito fraca!!! Acabamos por optar por "Shooter", de Antoine Fuqua.
E até que não foi mau!!!


SHOOTER – O ATIRADOR
Realização: Antoine Fuqua
Com: Mark Wahlberg, Michael Peña, Danny Glover, Kate Mara, Elias Koteas, Rhona Mitra, Rade Sherbedgia, Ned Beatty
Género: Thriller/Acção/Drama





Sinopse: De Antoine Fuqua, realizador de “Dia de Treino”, com interpretação do actor nomeado para os Óscares da Academia e Globos de Ouro, Mark Wahlberg (“The Departed – Entre Inimigos”) chega-nos um intenso thriller de acção sem limite, sobre um honrado e brilhante atirador de grande perícia que se vê numa situação inimaginável: injustamente acusado de assassinar o Presidente. Mergulhado num turbilhão de terror e conspiração, o atirador solitário entra numa corrida contra o tempo para provar a sua inocência, mesmo quando se vê perseguido por elementos das mais variadas agências da autoridade do país, bem como por uma organização duvidosa numa caça impiedosa ao homem, destinada a destruir os segredos que este, inadvertidamente, descobrira...

SITE OFICIAL




Bob Lee Swagger (Mark Wahlberg, uma exímio atirador dos Marines, após ser abandonado em uma acção clandestina das tropas norte-americanas na Etiópia - vitimando seu companheiro -, resolve desistir da carreira militar.

Isola-se nas florestas do Arkansas, durante cerca de três anos,tendo como única companhia o fiel amigo, Sam (um cão), até que o coronel Isaac Johnson (Danny Glover) encontra-o e lhe diz que o país necessita dos seus conhecimentos em tiro a longa distância, a fim de evitar um possível atentado contra o presidente dos Estados Unidos.

Inicialmente opõe-se ao apelo, mas o seu ponto fraco - o patriotismo - acaba por falar mais alto.
Swagger passa a estudar as três cidades no roteiro da viagem da comitiva presidencial, analisando os diversos factores (posições, vento, etc..) que poderiam ajudar no fatídico ataque ao presidente. Mas o que Swagger não esperava é que estivesse a ser usado como bode expiatório por conspiradores da Casa Branca.

O verdadeiro objectivo daqueles que o procuraram era matar um arcebispo etíope que visitava os EUA, e não o presidente, evitando que o arcebispo fala-se do massacre, imposto pelo americanos, de uma aldeia inteira.

O plano seria eliminar Swagger e culpá-lo pela morte do religioso, mas como um atentado falhado ao presidente. Mas o antigo militar consegue escapar, partindo em busca dos verdadeiros culpados. No seu percurso, ele contará com a ajuda de Sarah Fenn (Kate Mara), a viúva do amigo morto em África, e Nick Memphis (Michael Peña), agente do FBI, humilhado pelos colegas por ter sido posto ao ridículo por Swagger, mas que acaba por ser uma ajuda preciosa na descoberta da verdade.



sexta-feira, abril 13, 2007

Dia do beijo: Pratique!

Sabiam que 13 de Abril é o dia do beijo?!Images for your blog



Eu também não! lol
Inventam dias para tudo... porque raio alguém se lembrou de inventar o Dia do Beijo??!!!
Mas é um dia interessante, não!?
Quem não gosta de beijar... Um pequeno beijo na face. Um rechonchudo beijo na testa. Um suave beijo nos lábios. E outro. E outro mais intenso.. mais demorado... :)

Um BEIJO nunca é apenas um beijo. É um tremendo acto de carinho!!
Vale qualquer tipo de beijo para comemorar: de língua, no rosto, roubado, de amor.
Beijo de irmão, de amigo, de pai e de mãe. Está à espera do quê? Pratique!

Beijo então (nem que em pensamento.. todas as pessoas especiais que fazem parte da minha vida - OS MEUS AMIGOS - que merecem todos os meus beijos)
;)
MySpace Layouts





Estive aqui a procurar a origem da data, mas pouco encontrei... Vamos lá a um pouco de "história":

«Não se sabe quem instituiu o Dia do Beijo e nem ao certo quando o beijo surgiu. Há quem diga que foi no ano 500 antes de Cristo, na Índia.

Já Charles Darwin acreditava que o beijo era uma evolução das mordidas que os macacos davam no parceiro nos ritos pré-sexuais.

Há também quem diga que o beijo surgiu das lambidas que os homens das cavernas davam em seus companheiros em busca de sal.

Ou ainda uma variante de um gesto de carinho das mulheres das cavernas que mastigavam o alimento e o colocavam na boca de seus filhos pequenos.»


Encontrei também isto:

Tem coisa melhor que um beijo? Além de movimentar 29 músculos, sendo que 17 músculos são da língua, queimamos calorias e liberamos um hormônio chamado serotonina, que eleva o humor e produz uma sensação de bem-estar e felicidade. Manifestamos afecto e conhecemos intimamente uma pessoa quando a beijamos na boca.

Realmente não há grande história... O melhor é praticar muuuuuuiiito no Dia do Beijo!!

E para terminar, uma citação que encontrei:


Estávamos parados à porta do capitão Macedo. E ela pediu:
- Dás-me um beijo?
Entrámos no portal, e ficámos na sombra que enegrecia pela longa escadaria acima. Abracei-a e beijei-a longamente. Era o que eu desejava: beijá-la assim, sem razões nem consequências, para sempre. Mas um beijo não dura sempre, como a posse não dura sempre, mesmo que fiquemos dentro e sobre o corpo possuído. Foi o que ela pensou, porque disse, de olhos fitos nos meus, quando os nossos lábios se afastaram:
- Eu queria era ficar assim, para sempre. Assim nos teus braços, assim com a tua boca na minha, assim calada, assim suspensa fora de tudo, mas em ti. Quando agente fala, ou quando agente se afasta, logo as outras coisas e as outras pessoas se metem entre nós.(pág. 268) In Sinais de Fogo, Jorge de Sena, Edições ASA, 2001.

MySpace Layouts

quarta-feira, abril 11, 2007

"Oh José Alberto"

Curioso..
estou aqui a ouvir a entrevista do Sócrates e estou a ouvi-lo dizer "Ó José Alberto..." e só me lembro do Ricardo, dos Gatos Fedorentos a imitá-lo já no próximo programa...
:)

terça-feira, abril 10, 2007

Aos meus amigos :)

Tenho amigos que não sabem
o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.
Eis que permite que o objecto dela se
divida em outros afectos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigosl Até
mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos e o quanto minha vida
depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro,
basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crónica e não sabem que estão incluídos (..)

segunda-feira, abril 02, 2007

Poema de uma criança

Para pensar e divulgar...


Este anúncio foi premiado internacionalmente, mas não passou na nossa televisão, em Portugal. Porquê?

Anúncio

E agora um poema...

O meu nome é "Sara"
Tenho 3 anos
Os meus olhos estão inchados,
Não consigo ver.

Eu devo ser estúpida,
Eu devo
ser má,
O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?

Eu gostaria de ser melhor,
Gostaria de ser menos feia.
Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.
Eu não posso falar,
Eu não posso fazer asneiras,
Senão fico trancada todo o dia.

Quando eu acordo estou sozinha,
A casa está escura,
Os meus pais não estão em casa.

Quando a minha mãe chega,
Eu tento ser amável,
Senão eu talvez levaria
Uma chicotada à noite.

Não faças barulho!
Acabo de ouvir um carro,
O meu pai chega do bar do Carlos.

Ouço-o dizer palavrões.
Ele chama-me.
Eu aperto-me contra o muro.

Tento-me
esconder dos seus olhos demoníacos.
Tenho tanto medo agora,
Começo a chorar.

Ele encontra-me a chorar,
Ele atira-me com palavras más,
Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho.
Ele esbofeteia-me e bate-me,
E berra comigo ainda mais,
Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.

Ele já a trancou.
Eu enrolo-me toda em bola,
Ele agarra em mim e lança-me contra o muro.

Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos
E o meu dia continua com horríveis palavras...

"Eu lamento muito!", eu grito
Mas já é tarde de mais
O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável.

O mal e as feridas mais e mais,
"Meu Deus
por favor, tenha piedade!
Faz com que isto acabe por favor!"

E finalmente ele pára, e vai para a porta,
Enquanto eu fico deitada,
Imóvel no chão.

O meu nome é "Sara"
Tenho 3 anos,
Esta noite o meu pai *matou-me*.

Existem milhões de crianças que assim como
"Sara" são mortos...


SOS CRIANÇA 800 20 26 51

SOS CRIANÇA DESAPARECIDA 1410

quarta-feira, março 28, 2007

«Duas na mão e uma a voar»

Tozé Martinho e Luís Zagalo voltaram ao Funchal com mais uma excelente peça de Teatro!
«Duas na mão e uma a voar»
Uma comédia divertidíssima que nos proporciona cerca de duas horas de boa disposição!!

A peça de Marc Camoletti é certamente um êxito.
Com um elenco conhecido de todos nós - Tozé Martinho, Luís Zagalo, Cecília Guimarães, Beluxa Menezes, Patrícia Caeiro e Elsa Cortez.

De 26 de Março a 1 de Abril - Teatro Municipal Baltazar Dias

Sinopse:

Bernardo tem três noivas. São, as três, hospedeiras mas de companhias aéreas diferentes e têm voos com horários também diferentes.

Assim, só uma está com ele, em terra, enquanto as outras duas andam em viagem. O truque é bom, não fosse o caso de haver lá por casa uma velha empregada que vê tudo a dobrar, de lhe aparecer por ali o amigo Roberto que tudo baralha e de os aviões começarem a andar cada vez mais depressa!!

Encontros e desencontros hilariantes!!!!!!

segunda-feira, março 19, 2007

SIGILO PROFISSIONAL EM RISCO




SIGILO PROFISSIONAL EM RISCO.
Análise dos casos de Manso Preto
e de outros jornalistas no banco dos réus


da autoria de Helena de Sousa Freitas (jornalista da Lusa).

A obra será apresentada pelo Dr. António Marinho e Pinto.

A sessão decorre no dia 20 de Março, pelas 17h00,
na Casa Municipal da Cultura de Coimbra,
e conta com a presença da autora e do jornalista Manso Preto.


Organização: Edições MinervaCoimbra,
Instituto de Estudos Jornalísticos da FLUC
e Área de Ciências da Comunicação das Organizações e Media da ESEC.

ENTRADA LIVRE


“O livro que agora se publica tem, na sua origem, um trabalho apresentado
pela Autora no Curso de Pós-Graduação em Direito da Comunicação Social da
Faculdade de Direito de Lisboa, no ano lectivo de 2004/05, onde tivemos
oportunidade de leccionar o módulo sobre “Direitos dos Jornalistas”.

Não sendo a Autora uma jurista, aborda, no entanto, um problema da maior
complexidade jurídica e que é o do direito dos jornalistas ao sigilo
profissional, mais precisamente o direito a não revelarem as suas fontes de
informação. Para os jornalistas, o sigilo profissional é, não apenas um
dever deontológico, mas também um direito fundamental cuja protecção a
Constituição impõe e a lei, designada­mente o Estatuto dos Jornalistas,
assegura e concretiza.

A concretização prática deste direito ao sigilo profissional revela-se,
contudo, de grande complexidade, na medida em que, como qualquer outro
direito fundamental, também o direito ao sigilo profissional não é um
direito absoluto, isto é, pode ter de ceder perante o peso superior que
apresentem, nas circunstâncias do caso concreto, outros bens igualmente
dignos de protecção. Ora, a deter­minação das condições em que o direito ao
sigilo profissional dos jornalistas deva prevalecer ou ceder não é tarefa
fácil, nomeada­mente quando a este direito se opõem exigências de grande
peso, como seja, por exemplo, o interesse na boa administração da justiça.

O caso em apreço remete, precisamente, para essas dificuldades de
determinação do recorte concreto que o direito ao sigilo profissional deve
merecer e, sendo essa função tarefa que, em última análise, cabe aos
tribunais, o problema em causa é, essencialmente, um problema jurídico, no
sentido de um conflito a decidir segundo parâmetros jurídicos,
constitucionais e legais (...).

[in Prefácio]
Jorge Reis Novais
Professor da Faculdade de Direito de Lisboa


HELENA DE SOUSA FREITAS nasceu em Lisboa em 1976, licenciou-se em
Comunicação Social pela Escola Superior de Educação de Setúbal, tem uma
pós-graduação em Direito da Comunicação Social pela Faculdade de Direito de
Lisboa e o curso de Foto-Reportagem do Cenjor.
Iniciou-se na profissão em 1996, na imprensa regional de Setúbal, foi
coordenadora da secção de notícias de Natação do site Infordesporto.pt e é
redactora na agência Lusa desde 1998, além de colaboradora do Sindicato dos
Jornalistas.
Ao longo de 2001 dirigiu ainda, no site Literário Online, uma secção de
entrevistas a autores portugueses e brasileiros, consagrados ou emergentes.
Estreou-se em 2002 com o ensaio “Jornalismo e Literatura: Inimigos ou
Amantes?” (Peregrinação Publications), de leitura aconselhada em vários
cursos do Ensino Superior em Portugal (Universidade de Coimbra, Universidade
Lusófona e Universidade Católica, entre outras) e no Brasil (Universidade
Federal de Brasília e Faculdade Cásper Líbero, entre várias).
Acumulando as práticas jornalística e ensaística com a escrita de ficção, é
autora de conto e poesia, figurando em obras colectivas em Portugal, Brasil,
Reino Unido e Chile (em castelhano), bem como em cerca de cinquenta sites de
Portugal, Alemanha, Angola, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos e
Suécia.


Para informações mais detalhadas sobre o conteúdo do livro e sobre a autora
poderá consultar www.sigiloprofissional.com

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Helder Moura Pereira (1949)

Cheguei a ter medo de te perder,
tu não chegaste sequer a ter medo.
Este silêncio de ja não termos palavras
ouve-se nas outras palavras que trocamos.

Miserável mundo nosso e alheio,
igual ao que todos disseram da sua época,
e pior, porque este vivemos nós
e conhecemos nós, cada um conforme pode.

Já morreram os ídolos todos da infância
e os da adolescência vão a caminho,
sobrevivente é o teu olhar cego
(hoje já só há um dos Righteous Brothers).

Na feira de velharias uma caixa
para tabaco com uma rosa verde.
Tem o preço ainda em escudos, uma falha
num dos cantos, uma pequena cruz de cal.

Permaneces aí à lareira, lendo livros vivos
e o seu turbilhão de palavras profundas.
Nunca mais chega o medo de nos perdermos,
eco um do outro em ricochete de silêncios.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

A censura...

... chega também aos blogs!

Conheço um caso recente, de um blog que teve de ser totalmente apagado porque um superior hierárquico entendeu que era lesivo para com a instituição.
Não era propriamente um blog sobre essa determinada instituição, mas sim sobre o quotidiano de duas pessoas que trabalhavam para ela. Naturalmente poderia haver alguma referência ao nome da instituição, ou até alguma imagem, mas será isso passível de ser considerado lesivo, e trasmissor de má imagem???

Assim vai este país...

quarta-feira, janeiro 10, 2007

A felicidade exige valentia.





"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não
esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela
vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter
medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa - 70º aniversário da sua morte

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Cheguei a ter medo...

Cheguei a ter medo de te perder,
tu não chegaste sequer a ter medo.
Este silêncio de já não termos palavras
ouve-se nas outras palavras que trocamos.

Miserável mundo nosso e alheio,
igual ao que todos disseram da sua época,
e pior, porque este vivemos nós
e conhecemos nós, cada um conforme pode.

Já morrerram os ídolos tods da infância
e os da adolecência vão a caminho,
sobrevivente é o teu olhar cego
(hoje já só há um dos Righteous Brothers).

Na feira de velharias uma caixa
para tabaco com uma roca verde.
Tem o preço ainda em escudos, uma falha
num dos cantos, uma pequena cruz de cal.

Permaneces aí, à lareira, lendo livros vivos
e o seu turbilhão de palavras profundas.
Nunca mais chega o medo de nos perdermos,
eco um do outro em ricochete de silêncios.

Helder Moura Pereira

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Olha a piada....

Uma notícia que nos deixa tristes....

... pelas pessoas queridas que lá trabalham!!!!



O último 'Notícias da Madeira' publica-se hoje.

in DN a 4 de Janeiro de 2007


Calote de 2 milhões fecha 'Notícias da Madeira'

Semanário de Jaime Ramos foi hoje para as bancas pela última vez, deixando nove jornalistas sem emprego
Uma dívida de 2 milhões de euros, traduzida num empréstimo feito junto da banca, determinou o fecho do título.



O 'Notícias da Madeira' fecha hoje, em definitivo, as suas portas. A última edição estará à venda nas bancas pela última vez, pois ontem, ao final do dia, a administração do semanário comunicou aos jornalistas e demais trabalhadores a decisão de encerrar a empresa.

Pese embora a qualidade do trabalho produzido pela equipa de nove jornalistas, entre os quais pontificavam alguns dos melhores profissionais do sector na Madeira, um passivo acumulado de dois milhões de euros, traduzido num empréstimo feito junto à banca, determinou este epílogo, já que a circulação e as vendas do semanário situaram-se abaixo de todas as expectativas, com a venda de publicidade a não atingir as metas propostas.

Com prejuízos mensais acumulados e com a discreta saída de alguns dos sócios - Luís Miguel de Sousa, Carlos Pereira e Sílvio Santos, por exemplo - que desde o início do projecto tentaram sustentar o negócio, Jaime Ramos acabou por optar pelo fecho, pois as receitas não satisfaziam os compromissos, daí que a impressão do semanário não fosse paga há cerca de meio ano, com outros fornecedores a reclamarem também.

Lançado para as bancas em Novembro de 2000, então como diário, o 'Notícias da Madeira' interrompeu em Maio de 2005 a sua publicação diária, passando em Julho desse mesmo ano a semanário, cumprindo hoje setenta e oito edições semanais ininterruptas.

Jornalistas de créditos firmados lançados para o desemprego

Sem estudar adequadamente o mercado e mostrando demasiadas hesitações quanto ao produto pretendido - foi apresentado como jornal popular, mas acabaria por abandonar essa matriz, divergindo para outras apostas e mercados sem sucesso -, a empresa de Jaime Ramos, para além de ter acumulado prejuízos de certa monta, lança para o desemprego nove jornalistas de créditos firmados, para além de três outros profissionais, isto numa altura em que o mercado de emprego tem pouco para oferecer.

Resta acrescentar que a empresa detentora do título assumiu que vai cumprir escrupulosamente a lei, pelo que nos próximos dias serão pagas as respectivas indemnizações a todos os jornalistas - dois vencimentos por cada ano de serviço -, sem excepção, bem como aos 'designers' e revisor que ainda se mantinham ao serviço da empresa.


Miguel Torres Cunha

APARIÇÃO

A lua entrestecia. E serafins em choro
Sonhando, a dedilhar o arco entre as flores
Calmas em seu olor, exalavam das violas
Brancos ais a fluir no azul das corolas.
- Era o dia sagrado do teu primeiro beijo:
Amando-me em martírio o meu vão devaneio
Perfurmava-se sábio e ébrio da tristeza
Que até mesmo sem dor nem amargura deixa
No coração o fruto dum Sonho que o colheu.
E eu errava, a olhar as lajes do passeio,
Quando, envolta de sol, pela rua, em cabelo,
De noite, a rir, a rir, assim me apareceste
E a fada julguei ver de chapéu a brilhar
Que outrora, feliz, nos meus sonhos de infância
Perpassava, deixando pelas suas mãos ralas
Nevar em cachos brancos estrelas perfumadas.

Stéphane Mallarmé

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Déjà vu



«Descobre se o que sentes é um truque da tua mente ou realidade arrepiante.»



Título Original: «Déjà Vu»
Realização: Tony Scott
Elenco: Denzel Washington, Val Kilmer, Paula Patton, James Caviezel
Género: Acção/Thriller
País: EUA

Ano: 2006
Duração: 128 min.










Todos nós já tivemos a inquietante experiência de “déjà vu” – aquela lembrança súbita quando nos cruzamos com alguém que sentimos que conhecemos a vida inteira ou reconhecemos um lugar mesmo que nunca tenhamos estado lá.



E se estas sensações forem de facto avisos vindos do passado ou pistas para o futuro?



Na mais recente e fascinante aventura de acção produzida por Jerry Bruckheimer e realizada por Tony Scott, com argumento de Terry Rossio & Bill Marsilii, é um “déjà vu” que inesperadamente guia o agente ATF Doug Carlin (DENZEL WASHINGTON) para uma investigação que o conduz a um crime devastador.




Destacado para recolher provas após um rebentamento de uma bomba que gera uma explosão catastrófica num "ferry" em Nova Orleães, Carlin está prestes a descobrir que aquilo que muitos acreditam estar somente nas suas cabeças é, de facto, algo muito mais poderoso – que o leva numa corrida alucinante para salvar centenas de pessoas inocentes.



O agente descobre que o tempo e o espaço podem ser dobrados, fundindo-se num universo comum.

Déjà vu

«E se tivesses de contar a alguém a coisa mais importante do mundo, mas sabias que ninguém iria acreditar?»

terça-feira, janeiro 02, 2007

Começou um novo ano

"Nada começa: tudo continua.
Onde 'stamos, que vemos só passar?
O dia muda, lento, no amplo ar;
Múrmura, em sombras, flui a água nua.

Vêm de longe,
Só nosso vê-las teve começar.
Em cadeias do tempo e do lugar,
É abismo o começo e ausência.

Nenhum ano começa. É Eternidade!
Agora, sempre, a mesma eterna Idade,
Precipício de Deus sobre o momento,

Na curva do amplo céu o dia esfria,
A água corre mais múrmura e sombria
E é tudo o mesmo: e verbo o pensamento."

Fernando Pessoa
in Poemário Assírio & Alvim
2007