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quinta-feira, julho 20, 2006

Ainda a propósito...

Imposição de Mendonça sem paralelo na AR e Açores

Exclusão de jornalistas do parlamento começou por câmaras da RTP e evoluiu para fotógrafos e outros jornalistas de vários órgãos

in DN a 20-07-2006

A Assembleia da República (AR) não tem qualquer regra escrita quanto à forma como os jornalistas devem, ou não devem, vestir-se para acompanharem os trabalhos parlamentares.À entrada do Palácio de São Bento, além do controlo de segurança, basta a apresentação da carteira profissional. O que no caso de quem esteja acreditado permanentemente no parlamento nacional significa mostrar a respectiva credencial. Quanto à roupa, imperam regras simples como as da decência e do bom senso. Não carecem, portanto, de um regulamento escrito. Na bancada de jornalistas que dá para o hemiciclo, o que vale para os restantes espaços, dependendo de cada um e do dia, podem coexistir sapatos e sapatilhas ou fatos, ganga e "T-shirts".Devido às características do seu ofício, os repórteres fotográficos e de imagem são normalmente os mais informais. Ninguém fica na porta por causa da indumentária.

Bom senso na Assembleia da República

Nos últimos tempos, vários têm sido os jornalistas expulsos ou impedidos de entrar na Assembleia Legislativa da Madeira, por trajarem calçado desportivo ou usarem T-shirt. A decisão foi do presidente Miguel Mendonça, que alegou ser necessário respeito pela instituição. Um respeito que parece não ser necessário na Assembleia da República (ver destaque) nem nos Açores.

Na segunda e na terça-feira passadas, atingiu-se o auge dos impedimentos, com seis jornalistas a serem barrados pelos serviços do parlamento.Então Miguel Mendonça, presidente do parlamento, reafirmou a sua posição e lamentou não poder impor aos deputados o mesmo respeito. E garantiu: «As normas são para manter, enquanto eu for presidente».

No mesmo dia, terça-feira, em Santana, Miguel Mendonça esclareceu que iria pedir ao seu chefe de gabinete que elaborasse um regulamento definindo as condições de apresentação dos jornalistas, para lhes ser permitido o acesso ao trabalho no parlamento.Entretanto, a TSF-Madeira solicitou esclarecimentos à Entidade Reguladora da Comunicação Social, sobre como agir em caso de barramento de entrada, considerando que uma jornalista daquela rádio também o foi.Por sua vez, o Sindicato dos Jornalistas falou em excesso de zelo de Miguel Mendonça e em atitudes de humilhação», como forma de «desviar as atenções de vários atropelos e violações que se verificam na Assembleia Legislativa: violações ao regimento, linguagem ofensiva e até ameaças físicas entre deputados».

Na Assembleia Legislativa dos Açores não existe qualquer regulamento sobre como os jornalistas devem vestir ou calçar quando fazem trabalho parlamentar.Há, inclusive, assessores dos órgãos de governo próprio açoriano que frequentam o parlamento com «sapatos desportivos», confidenciou-nos um deles.
Élvio Passos e S.G.


Vestir bem mais condicionado ao corpo e à personalidade

André Correia defende que o destino deve contar, Patrícia Pinto diz que há etiqueta fora de moda e que mais importante é que assente

in DN a 20-07-2006

Andar bem vestido é, acima de tudo, conseguir harmonia entre o físico e a personalidade, o bom senso e o bom gosto, tudo condicionado à idade, às situações sociais e à companhia, resume André Correia, um dos mais destacados estilistas madeirenses.Quando se preparam para sair, na sua opinião, as pessoas devem ter em conta ainda o que pretendem comunicar e a moda, embora esta última não seja obrigatória para vestir bem, afirma.Já Patrícia Pinto, outro nome de referência nesta área, dá mais importância à personalidade e ao que "cai bem" na hora de escolher. Para a jovem criadora, é mais importante saber adequar as peças ao corpo do que adequá-las à ocasião. Na sua opinião, há muita etiqueta "fora de moda", porque impõe regras com que as pessoas não se identificam, como o chapéu em casamentos durante o dia. Nisto de trapos, André Correia, que acompanha de perto os desenvolvimentos da moda nacional, acrescenta ainda que andar bem vestido passa muito por opções pessoais, escolhas que nem sempre agradam aos olhos dos outros. E, ao contrário do que muitos possam pensar, colocar uma gravata não garante os resultados. Apesar de estar associado a algum estatuto e a uma imagem de sucesso, este acessório, à semelhança de outros como os sapatos e as sandálias, quando mal utilizado acaba por prejudicar a imagem de quem o usa.
Paula Henriques

3 comentários:

Anónimo disse...

Como fui um dos que não entrou na AlM, só tenho a lamentar que situações como esta esteja a acontecer. O pior é que no mesmo dia, na Comissão que eu ia cobrir, havia um deputado que dressava t-shirt e sapatilhas (da marca mais cara do mercado e patrocinadora de vários eventos desportivos).
É triste que um jornalista só seja notícia quando se trata de decisões como esta...
E mais não digo!

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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