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quinta-feira, maio 25, 2006

Dia Internacional das Crianças Desaparecidas assinala-se hoje

«Dia Internacional da Criança Desaparecida
Quando morre um filho de alguém que conhecemos é comum dizer-se, mesmo quando não se sabe o significado real dessa afirmação, que “não sei como se consegue sobreviver a uma violência dessas”.
De certa forma ninguém sobrevive.
Os pais que passam por esta perca morrem também. Quem continua são duas pessoas, ou mais se existirem outros filhos, que se reorganizam. É uma vida diferente porque as pessoas que se reconstroem a si e às suas vidas ficaram abruptamente diferentes.
Depois do impacto da incompreensão, da revolta, da angústia, de um inimaginável vazio, reinicia-se um quotidiano onde é preciso refazer até os mais pequenos hábitos, um quotidiano que tem muitos vazios, muitas oscilações, muitos silêncios.
Também é comum dizer-se “não há nada pior”, mas há ...
Ver morrer um filho, ter um corpo que se enterra, dá uma referência que permite fazer o luto. Sabe-se, embora com diferenças de sentir, que aquele corpo acabou ali e, isso, faz toda a diferença.
Ter um filho que desaparece sem deixar rasto numa idade em que se sabe que o não faria sozinho e de livre vontade, é de uma brutalidade insuportável que supera qualquer outra.

Hoje, 25 de Maio, comemora-se o "Dia Internacional da Criança Desaparecida"»

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